quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Cidade dos Resmungos



A Cidade dos Resmungos



Era uma vez um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam.

No verão, resmungavam que estava muito quente. No inverno, que estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair. Quando fazia sol, reclamavam que não tinham o que fazer. Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs. Todos tinham um problema, e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.
Um dia chegou à cidade um mascate carregando um enorme cesto às costas.

Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira, pôs o cesto no chão e gritou:

-Ó cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras são cobertas de florestas espessas, e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado por tantas conveniências e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho da felicidade.

Ora, a camisa do mascate estava rasgada e puída. Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos. As pessoas riram ao pensar que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz. Mas enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou entre dois postes na praça da cidade.
Então, segurando o cesto diante de si, gritou:

- Povo desta cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas num pedaço de papel e ponham dentro deste cesto. Trocarei seus problemas por felicidade!

A multidão se aglomerou ao seu redor. Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos problemas. Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço de papel e jogou no cesto.
Eles observaram o mascate pegar cada problema e pendura-lo na corda.

Quando ele terminou, havia problemas tremulando em cada polegada da corda, de um extremo a outro. Então ele disse:

- Agora cada um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder encontrar.
Todos correram para examinar os problemas. Procuraram, manusearam os pedaços de papel e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema. Depois de algum tempo a corda estava vazia.
Eis que cada um segurava o mesmíssimo problema que havia colocado no cesto. Cada pessoa havia escolhido o seu próprio problema, julgando ser ele o menor na corda.

Daí por diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo.

E sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar, pensava no mascate e na sua corda.
Em vez de reclamar, clame ao Senhor...pois reclamar de nada valerá....mas o clamor traz a resposta de Deus....

"A ti clamaram, e foram salvos; em ti confiaram, e não foram confundidos".

domingo, 12 de julho de 2009






SIMPLESMENTE MULHER


Ela é a mãe perfeita
A esposa modelo
A mulher dona de casa
A maior cozinheira
A filha mais prestativa
A trabalhadora mais eficiente
A amiga mais útil.
Ela é maravilhosa em
Equilibrar o lar e a carreira
Com um sorriso constante
E um temperamento tranqüilo.
Ela é tudo para todo mundo.
Mas quem é ela?
A mulher.

Este poema de Natasha Josefowitz está no livro "A Síndrome da Supermulher'", de Marjorie H. Shaevitz. Se você ler Provérbios 31, também vai pensar na supermulher, assim como pensou a autora do poema acima. Mas, será que essa existe de fato? Acredito que não. Somos simplesmente mulher. Com nossa humanidade, limitações, defeitos, temperamentos, mas com virtudes, alvos, vontade de crescer, capacidade de assumir responsabilidades etc. Umas, de mais fácil convivência, outras, mais complicadas; mas todas, simplesmente mulher. Deus nos fez assim. Gosto de pensar que a mulher conheceu a Deus antes de ser apresentada ao homem. Foi Deus quem fez o papel de apresentador para os novos conhecidos. Isso significa que a nossa relação com o Criador é direta. Não há intermediários. É possível que, enquanto Adão ainda estivesse dormindo e Deus tivesse completado sua obra, criando a mulher, eles tenham conversado um bom tempo, antes das devidas apresentações. Já pensou na oportunidade única de Eva conversar com o Criador sozinha, sem interrupções, sem depender de ninguém e ser ouvida? Ela recebeu todas as instruções, mas, infelizmente, não levou tudo a sério.

Hoje, da mesma forma, nós, mulheres do terceiro milênio (e todas do século passado...) temos a mesma chance do bate-papo com o Criador. Temos também as instruções de procedimento de vida, que estão em sua Palavra. É só segui-las.

Mas, conhecer as instruções não basta. É preciso assumir o compromisso de sermos mulheres segundo o coração de Deus e de fazermos diferença na sociedade em que vivemos.

Para isso, é bom voltar os olhos para o texto de Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

O que é renovar a mente? Vejamos o versículo ao inverso: a vontade de Deus é sempre boa, perfeita e agradável, e você há de convir comigo que isso não se discute. No entanto, ela só acontece sob essa ótica quando a nossa mente é renovada — o que nos dá condições de transformar o meio em que vivemos, em vez de tomar a sua forma e agir exatamente como ele.

Primeiro, a mulher cristã renova a sua mente quando derruba mitos. Mito da mulher, mãe, profissional, cristã ou esposa perfeita. Não existe essa figura, embora reconheçamos mentalmente essa verdade e nos portemos como se assim fôssemos. Há mulheres que não admitem errar. Seus filhos são os melhores, seu marido também. Em sua profissão ninguém se destaca mais do que ela, e assim por diante. Quando percebem que não podem ser perfeitas em todos os setores da vida, entram em pânico, se frustram e desanimam. Há expectativa e cobrança sobre a mulher cristã e, quando esta não é suprida, vem o julgamento. Porém, quando a mente é renovada, isto é, a mulher dá espaço interno para a ação de Deus por seu Espírito, ela passa a ter condições de reconhecer seu potencial e sua limitação, harmonizando essa tensão interna.

Segundo, renova-se a mente entendendo a realidade de hoje. A expressão “no meu tempo...”, muito usada por pais e odiada por adolescentes, não tem lugar em nossos dias. O mundo de hoje é outro. Você abriria mão de um forno microondas para voltar ao forno à lenha? Se sim, como? Morando em apartamentos cada vez menores? Ou em casas sem quintal?

O grande perigo desta leitura da realidade é de se conformar (tomar a forma), em vez de transformar (ir além da forma). A mulher cristã tem adotado um comportamento cada vez mais semelhante ao da não cristã, ao ponto de não haver diferença. Onde está o seu compromisso com Deus de ser sal e luz nesta sociedade cada vez mais secularizada?

Terceiro, a mulher cristã renova a sua mente buscando a fonte da vida — Deus. Nada melhor do que beber água direto de uma fonte limpa. Água pura, sem química, simplesmente água. Se é Deus quem nos fez, Ele sabe como funcionamos e nos respeita como mulheres. Quando buscamos a Deus para que a nossa mente não fique petrificada com conceitos e comportamentos que não condizem com o padrão divino, a vitória é certa. Não se feche à ação de Deus. Ele sabe o que é melhor para nós e como nos tratar.

Deus deseja ser acessível a cada uma de nós, mulheres, de modo que também sejamos acessíveis aos outros. Carregada em seus braços, caminhe certa de que Ele continuamente renovará a sua mente, de forma que o seu compromisso se torne cada vez mais evidente pela bênção que você será para o próximo, sendo... simplesmente mulher!

Nancy Gonçalves Dusilek